Canibais e Reis

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19 de Abril, 2009

Consumo de leite não-materno será mesmo desejável para uma boa saúde dos seres humanos?

Autor: O Primitivo. Categoria: Saúde

Vídeo: Milk The Deadly Poison WATCH THIS!!!

 

Esta questão do consumo de leite não-materno, um alimento supostamente pouco saudável, para mim, é algo que me transcende. É muito complexa, tem a haver com hormonas, etc. Também não é uma área à qual eu, alguma vez, tenha dado alguma atenção. Nos dias que correm, praticamente não consumo leite de qualquer tipo. Para começar a entender um pouco sobre este tema, existe um website bastante interessante, o NOT MILK, com vários artigos de Robert Cohen. Como introdução à questão num contexto evolucionário, em língua portuguesa, recomendo esta excelente entrevista de Pedro Bastos ao portal nutricional NutriGlobal:

"Orientar ou não o consumo de leite? - e a polêmica continua"
(NutriGlobal, entrevista com Pedro Bastos)

Como você poderá constatar, não se trata de uma simples entrevista sobre leite, mas de um autêntico "tratado" sobre saúde e nutrição humanas, com inúmeras pistas sobre a alimentação de povos primitivos e de como o seu/nosso genoma terá sido nela moldado ao longo de milhões de anos. Uma entrevista por isso altamente recomendada, para imprimir e distribuir cópias pelos amigos e familiares.

"O género Homo viveu durante 2,5 milhões de anos sem ingerir leite de outras espécies e através da análise anatómica, biomecânica e isotópica dos esqueletos de vários hominídeos e recorrendo a estudos etnográficos, que analisaram as 229 sociedades de caçadores recolectores que ainda persistiam no século XX, a conclusão é que estes indivíduos eram substancialmente mais saudáveis que o Homo Sapiens da sociedade moderna. Se combinarmos estes factos com os efeitos adversos derivados do consumo de lacticínios que diversos trabalhos em várias áreas mostraram, é, para mim, difícil considerar o leite de outra espécie um alimento adequado ao ser humano"

 

Fonte: NutriGlobal, Pedro Bastos.



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9 comentários a este artigo.

1 | João

19 de Abril, 2009, 21:30

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Quero referir que existiram povos que consumiam abundantemente leite de outras espécies durante toda a sua vida - por exemplo, os Masai e os Samburu - sem serem afectados pelas doenças da industrialização. Mais uma vez, a perspectiva teórica de Loren Cordain colide com a perspectiva prática de Weston Price.

2 | Pedro Bastos

19 de Abril, 2009, 8:36

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Obrigado ao Primitivo por ter colocado esta minha entrevista neste excelente blogue e pelas palavras de apoio e ao João por tere fomentado uma discussão importante e válida.

A questão do consumo ou não de leite não humano é complexa e não completamente resolvida (aliás, longe disso), tal como tentei mostrar na entrevista.

Todas as patologias da civilização são multifactoriais e aí reside a dificuldade quando se tenta fazer investigação.

No caso dos Masai, por exemplo, há várias considerações a serem feitas:

1) É bem sabido (e as autópsias relatadas pelo george Mann nos anos 70 assim o demonstram) que estes apresentam extensa aterosclerose, mas esta não parece resultar num evento fatal, talvez porque não existem no estilo de vida deste povo outros factores desencadeantes de um evento cardiovascular (como défice de Vitamina D, padrão de sono desadequado, tabagismo, sedentarismo, dieta com carga Glicémica elevada, elevado consumo de óleos vegetais refinados e ricos em ácido linoleico, ácidos gordos trans de origem industrial, que são diferentes dos ácidos gordos trans existentes na carne e leite de ruminantes, elevado rácio w6/w3, consumo de lectinas, alguns glicoalcalóides e saponinas, que hoje se pensa estarem enviolvidos na etilogia da aterosclerose, talvez pelo seu efeito negativo na permeabilidade intestinal e, no caso das lectinas, pelo seu efeito em citoquinas e nas MMPs, etc, etc).

2) Relativamente à questão dos estrogénios no leite bovino, é preciso esclarecer que, à semelhança do que sucede em alguns povos da Mongólia, é muito provável que os Masai e os Samburu não retirem o leite na fase final da gravidez, quando a concentração de estrogénios está mais alta.

3) Como referi, existem estudos epidemiológicos (e quando vários trabalhos apontam na mesma direcção, não devemos desprezá-los) a associar o consumo de leite bovino a diversos carcinomas (sendo a evidência mais forte para cancro da próstata) e são vários os possíveis mecanismos (estrogénios; precursores da DHT; o potencial insulinogénico do leite; IGF-1 no leite, que se supõe ser bastante mais elevado no leite “industrial” [devido a mastite recorrente e ao uso de hormona do crescimento, etc]; Beta-celulina, Cálcio que se pode ligar ao receptor de cálcio e ao receptor de EGF, onde também se liga a Beta-Celulina, etc.).
DE qualquer modo, mais uma vez, o consumo de leite bovino num contexto de estilo de vida saudável (o que quer que isso seja, mas presume-se que o estilo primitivo seja substancialmente mais saudável) poderá ser um factor quse desprezível (p.e., no caso do cancro da Próstata, o défice de Vitamina D parece ser um factor muito significativo, o que claramente não é um problema nem para os Masai, nem para os Samburu). Além disso e se pensarmos no IGF-1, sabe-se que este Promove a proliferação celular e a sobrevivência das células tumorais, Facilita angiogénese, malignidade, e metastização e Inibe a destruição de células tumorais quando são alvos de radiação e quimioterapia, MAS NÃO É A CAUSA!!!!

Ou seja, no contexto actual, em que estamos expostos desde cedo a diversos gatilhos desencadeantes da oncogénese, o consumo de leite pdoerá ser significativo, mas numa sociedade que nunca esteve exposto a esses agentes, a ingestão de lacticínios já não representa um perigo “real”.

4) Osteoporose: como refiro no artigo, esta é uma doença multifactorial e complexa, mas mais uma vez a actividade física a Vitamina D parecem ter um papel fundamental

5) Doenças Auto-Imunes (que é um tema que não desenvolvi na entrevista e que não terei oportunidade de desenvolver aqui): neste caso, pensa-se que o leite possa estar implicado, mas existem outros factores a montante que determinan se um antigénio (neste caso dietético) irá ou não levar à auto-imunidade, como:

A) Factores genéticos (os genes que parecem conferir maior risco para o desenvolvimento da auto-imunidade são os genes do complexo major de histocompatibilidade [MHC], em especial os de classe II, que estão envolvidos na apresentação de antigénios aos Linfócitos TCD4+). Não conheço a distribuição geográfica destes genes em África, pelo que não posso comentar sobre se os Masai têm ou não predisposição genética para a auto-imunidade.

B) Exposição prévia do Linfócitos CD8+ a epítopos (derivados de vírus, por exemplo) que tenham homologia estrutural com autoantigénios. É sabido que muitos vírus que estão implicados em diversas doenças auto-imunes só começaram a ser um problema a partir do Neolítico.

C) Défice de Vitamina D (p.e., verifica-se que a prevalência de Diabetes Tipo 1 é baixíssima em países com maior radiação UV). Mais uma vez, os Masai não parecem sofrer de défice de Vitamina D

D) Hiperpermeabilidade intestinal (os factores dietéticos mais suspeitos neste fenómeno não parecem fazer parte da dieta dos Masai)

E) Reduzido tempo de amamentação e introdução precoce de antigénios dietéticos. É sabido que os Masai amamentam as crianças até cerca dos 2 anos.

Poderíamos ficar aqui a discutir o dia todo estas questões muitro interessantes, mas infelizmente, tenho o meu tempo muito preenchido.

O que gostaria de referir é que para muitos indivíduos que já nasceram e viveram toda a sua vida a seguir um estilo de vida ocidental, o consumo de leite poderá ser prejudicial e só saberemos o quanto, quando começarmos a fazer mais estudos de intervenção (e aqui o uso do template “Paleo” parece ser uma base de trabalho interessante) e a desvendar mais mecanismos para podermos num futuro próximo fazer recomendações mais acertadas.

Como referi, tenho muito pouco tempo, mas se me enviarem um e-mail, envio-vos documentação a suportar as minhas posições.

Cumprimentos a todos

Pedro Bastos

3 | angela

19 de Abril, 2009, 22:04

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Pergunta de leiga… de que leite estamos falando?

- O leite cru, de animais criados em pastagens ou o leite de animais criados em confinamento e com alimentação à base grãos?
- O leite in natura ou derivados fermentados do leite, como o iogurte e os queijos?

Por tudo que tenho lido, esses dois fatores fazem grande diferença para a saúde humana - ou seja, entendo que não é só uma questão de consumir ou não o leite, mas QUE leite é consumido, e de QUE forma é preparado.

Any thoughts?…

4 | O Primitivo

19 de Abril, 2009, 14:13

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Aqui trata-se do primeiro caso, pois não existe qualquer processamento industrializado, pasteurização, etc. De qualquer forma, de acordo com Robert Cohen, os Maasai consomem o produto de forma invulgar. Veja-se este artigo: http://www.notmilk.com/forum/404.html

5 | angela

19 de Abril, 2009, 11:28

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Não me fio muito nas pesquisas de “um povo” ou “um caso”… já sabemos que é muito dificil distinguir entre “associação” e “causa” em se tratando de alimentação.

Esses estudos isolados acabam nos levando a conclusões parciais e controversas. Se os Maasai foram prejudicados em sua longevidade pelo consumo do leite (bizarramente) fermentado, em compensação os búlgaros ficaram famosos pela sua longevidade devido ao “mesmo” produto! Só que no caso, os “agentes” da fermentação do leite eram/são os Lactobacillus Bulgaricus. Muito difícil generalizar… até porque aqui não estamos consideando todas as demais variáveis de alimentação, estilo de vida, clima, etc.

Pesquisas recentes indicam que a fermentação por lactobacillus específicos produz uma “quebra” nas proteínas do leite, liberando peptídeos bioativos, “fragmentos” dessas proteínas, o que de alguma forma aumenta a absorção de minerais, inclusive o cálcio, provavelmente evitando a perda que ocorre com o consumo do leite não fermentado. Isso só para mencionar a questão do cálcio, visto que a fermentação também reduz a intolerância à lactose.

Lendo e aprendendo… vou ter que repostar sobre o assunto no enzimato! :o)

6 | Pedro Bastos

19 de Abril, 2009, 8:29

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Angela, pelos vistos a minha mensagem, não está a ser passada, nem compreendida e quando você pergunta de que leite falo na entrevista, estou a falar de leite pasteurizado e hidrogenado e em muitos casos de produção intensiva, pois esse representa a maioria do leite consumido nos países ocidentais e aquele que a maioria dos investigadores analisou.

Gostaria, também, de referir que eu não concordo em muitos aspectos com o Robert Cohen (o autor da informação sobre os Maasai que o Ricardo colocou em link), que é um vegetariano extremista e que diz algumas coisas que hoje sabemos serem falsas.

Todos os factos que você referiu são conhecidos e verdadeiros, mas há muito, mas mesmo muito mais sobre leite e derivados do que aquilo que você referiu, do que eu referi na entrevista, em artigos que escrevi e neste blogue e claramente mais do que aquilo que normalmente vejo publicado, quer na literatura científica (onde nunca vi nenhum artigo completo, pois cada investigador dedica-se a um tema específico - p.e. leite, cálcio e densidade mineral óssea; leite e Diabetes Tipo 1, leite e composição corporal; fermentação do leite e saúde, etc, etc.) quer na literatura não científica.

No ano passado, preparei um curso de 8 horas sobre leite (embora tenha material bibliográfico para 30 horas) e acabei por ter que reduzir para 4 horas, que dei em 5 cidades brasileiras e onde abordei vários temas e expliquei que este tema é muito complexo, com mais questões que respostas e claramente tem que ser enquadrado no estilo de vida global do indivíduo e na sua individualidade bioquímica.

Eu estou há mais de 2 anos a preparar um artigo gigantesco (tenho cerca de 2000 referências) de revisão sobre este tema e espero daqui a algum tempo poder, juntamente com alguns investigadores que partilham da mesma opinião que eu e que olham para a Nutrição sob uma perspectiva evolucionista, vir a publicá-lo numa revista científica, o que não será nada fácil, dada a dimensão e dado o conteúdo, que pode ir contra alguns interesses.

Se tiver interesse, posso fornecer-lhe (tal como já referi)pouco a pouco artigos para que vá percebendo o que refiro.

De qualquer modo, na minha modesta opinião, posso dizer-lhe de forma resumida e generalizada que de todos os tipos de leite escolheria como o melhor o iogurte de leite de cabra não hidrogenado (lembre-se que tanto na Bulgária, como em várias regiões do mediterrâneo, o leite era fermentado ou consumido sob a forma de queijo e não era de origem bovina, mas sim de ovelha ou cabra).

Cumprimentos

Pedro

7 | angela

19 de Abril, 2009, 20:51

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UAU, Pedro - muitíssimo obrigada MESMO pela atenção! Eu acho que entendi sim, a sua mensagem, mas sempre me ficam dúvidas quando se trata de pesquisas… Nesse caso em particular, será que todos esses achados seriam também verdadeiros fosse o leite consumido, fermentado ou não, procedente de gado criado a pasto e consumido cru? Será que essa comparação aconteceu?
.
Também me confundem esses índices dos fatores negativos… a informação que eu tenho, como leiga, é a de que a constituição do leite (e carne) proveniente de gado criado em confinamento e à base de ração de grãos é bastante diferente (para pior) da do leite do gado criado a pasto e em liberdade. Parece lógico…. afinal, é o que também buscamos aqui, uma alimentação que nos seja própria da espécie, que não nos traga desequilíbrios. Dessa forma, os estudos epidemiológicos modernos desconsiderando essa diferença, podem estar jogando fora o bebê junto com a água do banho… o leite cru, de gado criado a pasto, pode estar sendo condenado junto com o leite industrializado - ou diversos modos de consumo do leite podem estar sendo desestimulados da mesma forma que outros, onde esses fatores negativos possam não estar neutralizados. Essa é sempre a minha dúvida…
.
Tomemos um dos itens citados em sua entrevista como exemplo, um dos mais preocupantes, creio eu: os níveis de betacelulina e sua relação com o câncer. Os defensores do consumo de leite cru de gado criado a pasto afirmam que a betacelulina é neutralizada pela elevada presença de CLA nesse tipo de leite…
.
Conjugated linoleic acid (CLA), found in milk fat, is a powerful anti-carcinogen. Part of its mechanism of action is to decrease the transcription and activation of receptors in the epidermal growth factor (EGF) family. These are the very same receptors through which Dr. Cordain hypothesizes betacellulin causes cancer. Even if betacellulin in commercial milk does promote cancer, it may only be able to do so in the absence of the protective factors found in the fat of naturally and traditionally produced milk. Does Milk Cause Cancer? Evaluating the Betacellulin Hypothesis
.
Imagino que você entenda como fica a cabeça de um leigo no meio disso tudo - essa questão do leite sempre me intrigou…
.
Coincidentemente, um dos blogs partidários do leite cru que eu acompanho, publicou esses dias um post sobre o livro Devil in the Milk - e só então eu fiquei sabendo da existência das vacas Guernsey, e daquilo que para você certamente não é novidade: mesmo entre os leites de vaca, há diferenças de uma raça para a outra, que podem ter impactos diferentes na saúde humana.
.
Depois desta “descoberta”… lá fui eu tentar descobrir se tínhamos dessas vaquinhas no Brasil… e cheguei a esse texto do Agrônomo José Luiz Moreira Garcia. Não fui mais além, por enquanto, por falta de tempo… mas entendo que o que ele diz faz sentido, mesmo em termos evolucionários.
.
Agradeço mais uma vez a sua atenção; e espero que você publique em breve o seu (impressionante!) artigo sobre o assunto! Posso esperar… já estou me sentindo culpada por ter tomado - ainda que involuntariamente - tanto do seu tempo! O que me “consola” é que, com certeza, mais pessoas estão se beneficiando dessa nossa conversa!
.
Um grande abraço - Angela

8 | José Luiz Moreira Garcia

19 de Abril, 2009, 18:12

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Alerto aos amigos leitores que embora homenídeos não tenham consumido leite dito “não materno” foram justamente as vacas que deram aos homens a oportunidade de os mesmos evoluirem a sua condição de seres humanos ao retirarem deles a entediante tarefa diaria de obter alimentos elevando as vacas a condição de verdadeiras amas de leite da espécie humana.
Alerto também, aos senhores que dois grupos etnicos africanos, ou seja, Samburu e Masai consomem leite de vacas a milhares de anos sem maiores problemas. Os Samburu
consomem quase um galão de leite por dia ! de um tipo de gado, o Zebú, que tem mais gordura que os de gado
Holstein (Holandes) mas que produz Beta Caseina A2 não alergênica.
Pastores na Somalia comem quase que exclusivamente leite de seus camelos.
Todos esses grupamentos étnicos tem colesterol normalissimo e não morrem mais cêdo por consumirem leite e a quantidade de gordura proveniente do leite que consomem embora pudessem morrer de rir se soubessem que no ocidente algumas pessoas restringem o consumo de gordura de leite por temerem ver o seu colesterol elevado com a chamada “dieta prudente” com teores reduzidos de gordura saturada e ficam discutindo por horas e horas na internet se o cnsumo de leite crú é ou não saudável.
Infelizmente os Samburu e os Massai não dispõe ainda de Internet.
Sugiro a leitura do livro do Dr Uffe Ravnskov, MD, PhD - The Cholesterol Myths - Exposing the Fallacy that Saturated Fat and Cholesterol cause Heart Disease.
Recomendo igualmente a leitura de dois artigos, em portugues, sobre o leite crú e o leite A2.
Leite A2
http://www.enxaqueca.com.br/blog/?p=102
Leite Crú
http://www.enxaqueca.com.br/blog/?p=257

Atenciosamente

Jose Luiz M garcia

9 | ALEXANDRE

19 de Abril, 2009, 23:55

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Boa dia, me chamo Alexandre.
Venho aqui deixar o meu depoimento por uma simples razão. Eu sou uma das pessoas dentre muitas que ficou impressionado com os resultados de ter tirado o leite e todos os seus derivados da dieta regular (ou seja, de vez em quando eu até que como uma pizza ou algum chocolate etc). Porém vários outros fatores (que não cabe aqui mencioná-los todos) ainda me deixam na dúvida se o problema é ou não o cosumo desse alimento, pois também tenho visitado no ano passado bastante alergologitas, imunologistas, tomado algumas vacinas etc. Tenho 26 anos, sou advogado (logo não sou da área) e sempre sofri minha vida toda bastante com crises regulares de dores de garganta, gripes, sinusites agudas no mínimo umas cinco vezes ao ano, o que fez com que passasse a ingerir uma série de drogas (anti-estamínicos, antibióticos etc.) durante toda a infância, adolesceência e ainda na fase adulta até pouco tempo atrás, fatos estes que cuminaram, inclusive, na retirada das amídalas etc. Do otorrino já estava cansado, fiz diversos exames de sangue e não entendia por que adoecia com freqüencia e facilidade, pois sempre pratiquei esportes, nunca fui sedentário e me alimentava (e ainda me alimento) muito bem (tenho uma dieta rica e balenceada por nutricionistas, ricas em proteínas, minerais e vitaminas etc.). Sem mais delongas, o que me intrigou foi o fato de que um certo médico aqui de Fortaleza me receitou o seguinte: “Alexandre retire da sua alimentação regular, se for o caso faça o possível para abolir totalmente, o LEITE E SEUS DERIVADOS e retorne após três meses e me diga se sentiu alguma melhora no seu quadro clínico”. Pois bem… como não aguentava mais adoecer perder trabalho e gastar dinheiro com remédios etc. resolvi encarar o desafio. Não só passei a me sentir melhor, observando todas as reações que houvera citado o referido medico (como por exemplo: não acordo mais com o nariz entupido, diminuíram muito as corizas e alergias, pigarros etc.), como também não adoeço a mais de um (1) ano, não pego uma gripe sequer, pego poeira pesada e não adoeço, já fiz reforma aqui em casa, pequei poeira de granito e nada! (Obs: segundo os testes alérgico que fiz ano passado, sou alérgico aos ácaros, mas passei a não ter alergia mais eu acho). Segundo o médico é resultado da manutenção da imunidade normal e do não acúmulo do leite no organismo o que provoca a queda da imunidade, afinal sempre tomava muito leite. Sinceramente… tenho tido uns quadros de virose, porém não tenho precisado de remédio e ficava bom rapidinho e ainda chequei a adoecer nos últimos dois meses agora… no entanto… adivinhem… havia descuidado na ingestão de alimentos ontendo leite ou seus derivados… será pura coincidência ou não? Não tenho intolerância à Lactose, mas segundo os médicos antes de conhecer esse que me deu essa receita milagrosa eu era alérgico, o que será que está acontecendo afinal…. ninguém sabe explicar a fundo isso… fui a um médico semana passada e ele riu da minha cara quando eu disse isso que estou relatando para vocês. Que fique aqui o registro.

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