09 de Fevereiro, 2009
Sobre a importância de se andar pé ou como a vida sedentária é determinante para a progressão das doenças cardiovasculares
Autor: O Primitivo. Categoria: Primitivos| Saúde
Vídeo: Caminhada (Albertinho Gazio).
Andar regularmente a pé, pelo menos 1 hora por dia, não necessariamente contínua, é das coisas mais importantes para a saúde, um requisito essencial para uma fisiologia e metabolismo equilibrados. Mas se alguma dúvida ainda persiste na sua mente acerca desta evidência, tente só adivinhar a razão dos Masai do Quénia, um dos povos primitivos pastorís com mais alto consumo de gorduras animais e razoável incidência de aterosclerose, praticamente não terem eventos cardíacos. Poderá o efeito protector do seu alto nível de actividade física estar associado a isso? Poderá a actividade física em geral, e o facto de andarem muito a pé em particular, reconhecidos factores inibidores de inflamação, limitar a progressão da placa aterosclerótica neste povo, protegendo-os das doenças cardiovasculares (ver Paleo Diet Newsletter Vol. 4, nr. 1)?
Atheroscerosis in the Masai
Mann, G. V. (Vanderbilt Univ. School of Medicine, Nashville, Tenn. 37203), A. Spoerry, M. Gray, and D. Jarashow. Atherosclerosis in the Masai. Am J Epidemiol 95: 26–37, 1972.–The hearts and aortae of 50 Masai men were collected at autopsy. These pastoral people are exceptionally active and fit and they consume diets of milk and meat. The intake of animal fat exceeds that of American men. Measurements of the aorta showed extensive atherosclerosis with lipid infiltration and fibrous changes but very few complicated lesions. The coronary arteries showed intimal thickening by atherosclerosis which equaled that of old U.S. men. The Masai vessels enlarge with age to more than compensate for this disease. It is speculated that the Masai are protected from their atherosclerosis by physical fitness which causes their coronary vessels to be capacious.
Vídeo: Caminhar é preciso.
Um facto conhecido há mais de 40 anos pela comunidade científica é que, apesar da sua dieta à base de leite, carne e sangue, possuem níveis reduzidos de colesterol. Muito paradoxal não parece, pelo menos face ao que constantemente nos dizem os "especialistas" de saúde? Ou será que nem por isso? E existirão alimentos que estes povos não consumem e que, de facto, os protegem das doenças da civilização? Serão porventura esses alimentos os "saudáveis" cereais refinados, os açúcares e/ou as frutoses de milho, os óleos vegetais poliinsaturados ou as comidas industriais que a civilização tanto adora? E que dizer das "toxinas brancas" da civilização (farinhas brancas, arroz, açúcar, leite e sal)? Há quem defenda que sim.
Regular walking protects the Masai against cardiovascular disease
[PRESS RELEASE 18 July 2008] There is strong evidence that the high consumption of animal fats increases the risk of developing cardiovascular disease.
Many scientists have therefore been surprised that the nomadic Masai of Kenya and Tanzania are seldom afflicted by the disease, despite having a diet that is rich in animal fats and deficient in carbohydrates.
This fact, which has been known to scientists for 40 years, has raised speculations that the Masai are genetically protected from cardiovascular disease. Now, a unique study by Dr Julia Mbalilaki in association with colleagues from Norway and Tanzania, suggests that the reason is more likely to be the Masai’s active lifestyle.
(…)
What sets the Masai lifestyle apart is also a very high degree of physical activity. The Masai studied expended 2,500 kilocalories a day more than the basic requirement, compared with 1,500 kilocalories a day for the farmers and 891 kilocalories a day for the urbanites. According to the team, most Westerners would have to walk roughly 20 km a day to achieve the Masai level of energy expenditure.
The scientists believe that the Masai are protected by their high physical activity rather than by some unknown genetic factor.
Fonte: British Journal of Sports Medicine,
3 Jun 2008, doi:10.1136/bjsm.2007.044966.
Vídeo: Caminhada: dicas e benefícios
(Corpo Perfeito).
Ligações relacionadas:
Maasai, Kenya (Wikipedia)
Masai and Atherosclerosis (Whole Heatlth Source)
Did the Masai Really Have Atherosclerosis? (C. Masterjohn)
Effect of exercise training on plasma levels of C-reactive protein in healthy adults: the HERITAGE Family Study
Regular walking protects the Masai against cardiovascular disease
Daily energy expenditure and cardiovascular risk in Masai, rural and urban Bantu Tanzanians (BJ Sports Medicine)
Cardiovascular disease in the Masai (Atherosclerosis Research)
Atheroscerosis in the Masai (Journal of Epidemiology)
Exercise: more than just heart benefits (Stone Age Doc)
Exercise: the bigger picture (Stone Age Doc)