15 de Maio, 2010
“Ilha das Flores” de Jorge Furtado, ou a mecânica da sociedade de consumo
Autor: O Primitivo. Categoria: Civilização
"Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não.
"Ilha das Fores" segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos" (Casa de Cinema de Porto Alegre).
A História:
"O Sr. Suzuki, japonês, plantador de tomates, atuando na região de Porto Alegre, despacha seus produtos através de uma Kombi para os supermercados da região metropolitana da capital gaúcha. Dona Anete, brasileira, vendedora de perfumes, percorre a cidade em busca de pessoas interessadas em adquirir suas mercadorias. Das vendas auferidas e, retirando-se os custos para a aquisição do produto, surge o lucro. Com o lucro, Dona Anete vai a um supermercado de Porto Alegre e compra tomates e carne de porco. A carne de porco e os tomates são os ingredientes principais na refeição que está sendo preparada por Dona Anete para sua família. Entre os tomates comprados por Dona Anete havia um considerado impróprio para o consumo humano (de acordo com o parecer da personagem). Esse produto deteriorado foi atirado no lixo. Como acontece todos os dias em várias grandes cidades do Brasil e do mundo, o lixo foi recolhido e enviado para depósitos, localizados a margem das metrópoles. O que é identificado como lixo orgânico é separado e utilizado como alimento para os porcos de um dos criadores estabelecidos num dos lixões de Porto Alegre, ironicamente chamado de "Ilha das Flores". O problema é que, depois da coleta seletiva, que indicou o que poderia ser aproveitado pelos suínos, outros seres humanos (que como os anteriores também são dotados de tele-encéfalo superior e polegar opositor) passam a disputar as sobras do lixão de Ilha das Flores…"
Fonte: Planeta Educação.
Para mais informações sobre esta curta, visite a página da Casa de Cinema de Porto Alegre.